quarta-feira, maio 14, 2008

“Oh Pedro, vamos queimar?”

Não é a única memória que tenho dele, felizmente, mas é uma que tenho bem fresca, e que para sempre me há-de acompanhar.


Lembro-me dele encostado à ombreira da porta da sala. Cansado, após um dia de festa, um casamento. Sempre acompanhado da sua boa disposição. O casamento teve lugar em época de queima das fitas. Os miúdos, os primos, grupo no qual estava incluído, sabendo deste outro evento, ainda desejavam continuar a festa. Falou-se disso durante o casamento. Falou-se disso com ele. Ao final da noite, já nem os miúdos estavam com disposição para continuar, mas não foi por isso que não foi lançado o desafio: “Oh Pedro, vamos queimar?”


Não fomos, mas iremos.


Até à próxima, tio Mota.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pedrocas,

sabias que este dia estava para breve! É sempre doloroso quando perdemos alguém que nos é querido... mas ficam as boas recordações como a que descreves e essas são sempre e para sempre o motivo para um sorriso e não para uma lágrima, pois aposto que seria assim que o "tio Mota", como muitas vezes ouvi falar e apenas desfrutei da sua companhia alguns minutos, gostaria de ser recordado.

Um beijinho muito grande e um abraço apertado,

AD

Anônimo disse...

chegas ... bem pensei num montão de coisas para escrever ... mas afinal tudo acaba num pequeno texto.

Custa sempre qd nos vemos privados da companhia de alguem que nos é querido ...nós não queremos saber se esse dia estava para breve, se é a lei da natureza que um dia nascemos e num outro dia morremos ou se é de acidente!
O que nós interessa é que perdemos alguem!
Estando privado neste momento do meu pai eu digo-te ... Temos de aproveitar ao maximo enquanto essas pessoas estao presente.

Grande abraço Amigo

RRibeiro